O currículo
Em 1963, nos
primeiros dias de Setembro, reunia mais uma vez, a direcção da
AF de Viseu. Entre as deliberações dessa reunião, consta na acta respectiva, no seu ponto 3:
AF de Viseu. Entre as deliberações dessa reunião, consta na acta respectiva, no seu ponto 3:
“aceitar a filiação provisória do Grupo
Desportivo “Briosa Pextráfil”, e aceitar a sua inscrição no Campeonato
Distrital da II Divisão.”
É assim que o noticia o Jornal de Viseu, na
página 6 da sua edição de 7 de Setembro de 1963.
O clube escolhe
o azul e o grenat para sua cor, e começa a jogar no seu campo de S. Jorge, numa
elevação, que tinha na base o rio Dão. Fê-lo durante 20 anos.
Hoje, o que dele resta ainda lá está, parcialmente ocupado pela auto-estrada
A25.
O início da
caminhada em 1963/64, fez-se na 2ª Divisão, na companhia ilustre do Nandufe,
Penalva, Tondela, Viseu e Benfica, e dos já desaparecidos Besteiros, Canas de
Santa Maria, e Sul
Mas em 1965/66,
quando o clube ascende à 1ª divisão (de onde nunca mais sairia, até ao fecho de
portas, quando desiste após ainda se ter inscrito para 1983/84), tinha uma
equipa tipo, que raramente sofria alterações. No Jornal de Viseu de 16 de
Março, a propósito do jogo no S. Jorge com o Viseu e Benfica, que acabaria
empatado a zero, alinhou o Pextrafil assim:
Necas; Sifredo,
Caetano e Cabral; Caiado e Alberto; Oliveira, Luís, Abel, Martins e Júlio.
No jogo
seguinte, o primeiro da segunda volta, joga-se outra vez em casa, agora com o
Carvalhais, e a equipa é a mesma. Apenas Alberto foi substituído na segunda
parte por Antero, dada a tarde infeliz no passe daquele, como refere o
jornalista que fez a crónica do jogo.
A 28 de Março o
jogo é em Molelos, que viria a ser o campeão, e a equipa voltou a ser a mesma.
Apenas se altera substancialmente em Viseu, no derradeiro jogo com o Benfica
local, jogo sem interesse classificativo, e que o Pextrafil perdeu por 3 a 0. Foi dada oportunidade
aos menos utilizados, jogando assim a equipa:
Necas; Sifredo,
Moreira (Inácio); Oliveira, Caetano e Alberto; Guedes, Luís, Abel, Martins e
Júlio.
Entretanto a
subida de divisão implicou o reforço da equipa, e por isso de Viseu chegaram
alguns atletas.
O primeiro jogo
seria em Nelas a 2 de Outubro, mas o jogo foi adiado. Fez-se então a estreia em
casa, no seu campo de S. Jorge, a 9 de Outubro. O adversário era o Molelos, que foi
vencido por 2-1.
Alinhou assim:
Saraiva
(ex-Académico); Sifredo e Caetano; Alberto, Hermínio (ex-Académico) e Santos
(ex-Académico); Fareleira (ex-Viseu e Benfica), Roque (ex-Viseu Benfica)
(Figueiredo), Martins, Luís e Júlio.
Os golos foram
de Fareleira aos 3, e de Martins aos 12 minutos. Foi Adriano que marcou para o
Molelos, iam de jogo 25 minutos.
No último jogo em S. Pedro do Sul, onde a
Briosa empatou a 1, e assegurou o 5º lugar, cobiçado pelo Sampedrense, alinhou:
Saraiva;
Sifredo, Santos, Caetano e Manuel; Hermínio I e Hermínio II; Fernando,
Fareleira, Martins e Júlio.
Depois foi uma
longa caminhada, sempre no patamar superior do futebol distrital, de onde o
clube nunca saiu. Mas por uma vez, chega à Taça de Portugal. Foi em 1981/82,
quando recebe no campo de S. Jorge o SL e Marinha, com quem perde por 2-0.
Foi assim um
percurso de vinte anos de uma colectividade desportiva com o futebol por
objectivo, e com origem numa comunidade laboriosa de Vila Meã, lugar de
Povolide, freguesia actual integrante do concelho de Viseu, e que já foi vila e sede de concelho.
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