n'um concelho de muita
persistência desportiva.
Por aqui, também o
entusiasmo pelo futebol vem de há muito. A prová-lo, o que lemos no jornal
Comércio do Porto de 20 de Outubro de 1946, página 8.
Rezava assim:
“Realizou-se no campo Novo um jogo de futebol,
amigável, entre o Grupo Desportivo de Penedono, e um grupo de desportistas da
vizinha vila de Ranhados, tendo-se registado um empate a 1.
Arbitrou com imparcialidade, o senhor Miguel
Costa. Muita e entusiasta assistência presenciou o jogo.
O Penedono apresentou:
Lucena; Sebastião, Chicopina; Canuto,
Rodolfo e Coutinho; Tó, Amaral, Alfredito, Martins e Valentim.”
Mas à sombra do seu
altaneiro castelo, muito mais desporto se fez, embora tenha sido pouco o tempo
de afirmação.
Futebol, andebol e
outros ainda, foram desportos que concitaram a militância da sua juventude, mas
tudo se esfumou, já que a interioridade tem custos que a generosidade não
vence.
Dizem os eruditos que
o castelo terá sido erguido, ainda Portugal não existia, por muitos dos seus
naturais, provavelmente. Depois terá ficado a vigiar, impante da sua
importância, garboso na sua imponência. Infelizmente não guardou memórias do
muito futebol que “viu”. O que se sabe é que foram 4 as colectividades que se
procuraram afirmar no futebol distrital, e fazê-lo permanecer no seio da
comunidade. Mas foi tarefa inglória, pois em 2005 a vila ficou sem
futebol.
Mas o concelho tem
ainda um representante activo no panorama distrital. São os da Beselga, que
depois dos Beselguenses se perpetuaram com os Ceireiros, que tem no seu campo
das Mimoseiras o seu palco privilegiado.
Mas o futebol surge
em força em Penedono. O
oficial, claro, que o outro já vem de longe. Em 1978 surgia no futebol de Viseu
a Associação Desportiva de Penedono, fazendo seu o campo junto à estrada para a
Ferronha. Era o campo de Jogos Martins da Fonseca, homenagem a um emérito
benfeitor do clube. O capitão Albino Martins da Fonseca.
Mas esta presença em
estreia, teve a companhia do Centro de Actividades Desportivas, que apenas se
manteve em acção por 2 anos, e fazia os seus jogos no campo de Santa Eufémia. Mas
ambas as colectividades faziam do preto as suas cores.
Seguiu o futebol por
mais alguns anos, jogado pela AD, que em 1986 fechou portas. Ainda houve uma
insistência de alguns resistentes, que se acolheram debaixo da bandeira do
clube de Caça e Pesca, mas só resistiram 2 anos.
O interregno que se
seguiu durou até 1992, quando ressurge o futebol em Penedono, agora sob a égide
do novel Grupo Desportivo do Concelho. Jogou-o até 2005, quando também se
rendeu. Acabava assim o futebol na vila. Vivam os Ceireiros, que persistem em
representar, condignamente, o concelho de Penedono.
Dos seus ícones e
locais emblemáticos, que fizeram parte desta história, fica aqui um breve
registo.
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