Futebol Saudade

Desde que, há mais de 100 anos, se fez o primeiro campeonato de futebol em Portugal, que a "passerelle", que é a vida desportiva, viu desfilar milhares de clubes.
Uns ainda hoje existem, pujantes e vigorosos até, outros, embora perdendo protagonismo, ainda resistem. Mas muitos ficaram pelo caminho.
Passaram ao futsal, deixaram o desporto, ou fecharam mesmo as portas. É dos que partiram (e não só), que aqui vamos tentar deixar a memória.




quarta-feira, 29 de junho de 2011

Os burocratas, essa “raça” imutável

Os “argumentos” que alguns usam, quando encarregues de determinadas funções do colectivo, são por si só motivo de riso, tanta é a tristeza das suas “deliberações”

Vem isto a propósito da taça que “morreu” na Alfândega.
Um emigrante madeirense na América, de visita à ilha, ficou tão encantado com o futebol da ilha, que prometeu o envio duma taça, para que a mesma se disputasse entre o Marítimo e o União, fazendo reverter a receita de bilheteira para obras de beneficência local.
Enviada a taça, que foi chamada de “Recordações da Madeira”, logo os “pressurosos” agentes do Tesouro se encarregam de encontrar bloqueios. De tal forma, que a direcção da AF escreve no seu relatório de 1925/26:

“… devido a dificuldades aduaneiras, esta taça não saiu ainda da Alfândega do Funchal, esperando todavia a direcção da AFF, que em breve este assunto seja liquidado…”

Mas não foi! É o que a direcção de 1927/28 reflecte no seu relatório, onde diz:

“ A Associação é detentora de duas Taças. Uma, virtualmente, a denominada “Recordações da Madeira”; outra chamada “Gago Coutinho – Sacadura Cabral”, que está de facto na nossa sede.
A primeira permanece na Alfândega, onde uma teia complicada de dificuldades aduaneiras a torna invisível aos olhos.”

Isto relata-se em 1942, no livro comemorativo dos 25 anos da AF do Funchal, e então ainda se não sabia da taça!

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