Os “argumentos” que alguns usam, quando encarregues de determinadas funções do colectivo, são por si só motivo de riso, tanta é a tristeza das suas “deliberações”
Vem isto a propósito da taça que “morreu” na Alfândega.
Um emigrante madeirense na América, de visita à ilha, ficou tão encantado com o futebol da ilha, que prometeu o envio duma taça, para que a mesma se disputasse entre o Marítimo e o União, fazendo reverter a receita de bilheteira para obras de beneficência local.
Enviada a taça, que foi chamada de “Recordações da Madeira”, logo os “pressurosos” agentes do Tesouro se encarregam de encontrar bloqueios. De tal forma, que a direcção da AF escreve no seu relatório de 1925/26:
“… devido a dificuldades aduaneiras, esta taça não saiu ainda da Alfândega do Funchal, esperando todavia a direcção da AFF, que em breve este assunto seja liquidado…”
Mas não foi! É o que a direcção de 1927/28 reflecte no seu relatório, onde diz:
“ A Associação é detentora de duas Taças. Uma, virtualmente, a denominada “Recordações da Madeira”; outra chamada “Gago Coutinho – Sacadura Cabral”, que está de facto na nossa sede.
A primeira permanece na Alfândega, onde uma teia complicada de dificuldades aduaneiras a torna invisível aos olhos.”
Isto relata-se em 1942, no livro comemorativo dos 25 anos da AF do Funchal, e então ainda se não sabia da taça!
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