Futebol Saudade

Desde que, há mais de 100 anos, se fez o primeiro campeonato de futebol em Portugal, que a "passerelle", que é a vida desportiva, viu desfilar milhares de clubes.
Uns ainda hoje existem, pujantes e vigorosos até, outros, embora perdendo protagonismo, ainda resistem. Mas muitos ficaram pelo caminho.
Passaram ao futsal, deixaram o desporto, ou fecharam mesmo as portas. É dos que partiram (e não só), que aqui vamos tentar deixar a memória.




terça-feira, 14 de agosto de 2012

Caminha - campos de futebol


A inactividade de 30 anos, da Associação de Futebol entre 1944 e 1973, moldou o futebol no distrito.
Apesar disso, alguns dos seus clubes sobreviveram nos nacionais, e outros acolheram-se ao distrito vizinho de Braga. Por isso que o distrito não seja muito rico em campos de futebol, anteriores a 1974.
Um dos seus 10 concelhos, Caminha, tem histórias interessantes quantos ao recintos de jogo. O seu primeiro campo, que ficava junto da ponte sobre o rio Coura, foi inaugurado com toda a pompa, tendo até a presença do cônsul de Portugal em La Guardia, um ilustre membro da família Mário Duarte.
Era dotado de bancadas e excelentes balneários, mas o futebol não cativou muita gente, então. Hoje é um jardim, junto às piscinas municipais.
Vilar de Mouros tem também um antiquíssimo campo, que acabou virado e adaptado aos palcos do seu mítico festival, e em Seixas, o campo de jogos, hoje em claro declínio, tem a vizinhança de um excelente pavilhão desportivo.
Ainda em Venade, e após quase 20 anos de hibernação, o campo de jogo foi ressuscitado, e serve hoje de apoio à formação do seu Grupo Desportivo e Cultural. Gondar também conta com um peculiar recinto, aninhado entre pinhais, e que serve ao seu clube, velho militante do Inatel.
Também Lanhelas viu ressurgir o seu excelente campo, após 20 anos de inactividade, e hoje o seu velhinho Lanhelas FC dá-lhe regular actividade.
Ancora conta com 2 bonitos campos, reflectindo o entusiasmo dos seus 2 clubes.
Falta citar o Moledo, que tem o seu campo empoleirado no cimo do monte do Sino, donde pode mirar o vizinho espanhol de Santa Tecla.

Feito este intróito sobre os recintos de Caminha, fica aqui um recorte sobre o ressurgir de um campo que tem um nome estranho: Morber. Mas não é mais do que a junção do nome dos seus mais empenhados criadores:
José Morte e Humberto Silva.
Falava assim o Comércio do Porto em 1975:










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