São milhares os
campos de futebol que um pouco por todo o lado servem a este jogo sem par.
Muitos deles,
modestos mas funcionais, ainda hoje são palco privilegiado de acesas pugnas.
Outros, muito mais modernos, são a continuidade de origens mais modestas. Mas
todos têm intensas e diversificadas histórias para contar. Outros ainda, por
isto ou por aquilo, desapareceram. De forma anónima, com estrondo, ou até com
peculiares reconversões.
De dois deles,
entre os muitos cuja história desconheço, vou aqui relembrar, pela pujança que
tiveram, e pelas peculiares reconversões.
A Associação
Recreativa Cultural da Usseira surge em 1975. Presumivelmente as suas gentes
foram também contaminadas pelo entusiasmo que então se vivia no associativismo.
Por isso, se calhar, surja em 1980 no futebol associativo de Leiria, disputando
as suas competições. Mas foram breves estas presenças, pois o seu desempenho
foi tão brilhante, que os levaram ao futebol nacional! Por aqui estiveram 4
anos, descendo aos distritais, e deixando o futebol. Tudo em 10 anos! Hoje, a
colectividade continua activa, dedicando-se a actividades recreativas e
culturais, que o seu salão de festas permite, e no desporto tem o futsal por
movimento.
O seu campo do
Outeiro, foi reconvertido em pista de paintball!
Norte e Soure
(Clube de Desportos e Educação Física), colectividade criada no âmbito de uma
grande empresa têxtil, sedeada no Paleão, freguesia de Soure, foi ela também
uma orgulhosa e dinâmica colectividade desportiva, criada em 1954, e que logo
se integrou no futebol oficial de Coimbra.
Tinha como
palco desportivo o seu campo do Cordeiro, que após tantos anos de entusiasmo e
futebol a rodos, viu as portas fecharem-se em 1994.
Hoje, das
fábricas, apenas restam ruínas, elas que foram razão de tanto movimento nestas
paragens.
Mas o clube
subsiste, e dele e da sua génese, podemos saber mais aqui.
Entretanto o
campo do Cordeiro, à entrada da povoação, e bem juntinho à estrada nacional,
ele que assistiu a futebol do nacional, pois o Norte e Soure andou por estes
palcos nos idos de 50, e posteriormente nos anos 70, é hoje uma plantação de
kiwis. Pelo menos podemos dizer que continua a dar “frutos”…
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